segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frases de Chico Buarque




aqui algumas frases de músicas da autoria de Chico Buarque:


1) ''Por favor.Deixe em paz meu coração.Que ele é um pote até aqui de mágoa.E qualquer desatenção, faça não.Pode ser a gota dágua''


2) ''Olhos nos olhos, quero ver o que você faz.Ao sentir que sem você eu passo bem demais.Olhos nos olhos, quero ver o que você diz.Quero ver como suporta me ver tão feliz''


3) ''Oh, pedaço de mim.Oh, metade afastada de mim.Leva o teu olhar.Que a saudade é o pior tormento.É pior do que o esquecimento.É pior do que se entrevar''


4) ''Quero ficar no teu corpo feito tatuagem.Que é pra te dar coragem.Pra seguir viagem.Quando a noite vem.E também pra me perpetuar em tua escrava.Que você pega, esfrega, nega.Mas não lava.


5) ''O que será ser só.Quando outro dia amanhecer?Será recomeçar?Será ser livre sem querer?''



Chico buarque é um homem muito profundo e que apesar de críticas sobre ele, sabe muito bem criar frases belíssimas, que servem também para ajudar pessoas, e como todo poeta, expressar o seus sentimentos e sua opinião sobre determinado assunto.Ele é um homem muito admirado, principalmente por suas músicas e sua sabedoria de fazer com que uma simples palavra ou assunto tenha uma grande importância na vida e na cultura das pessoas. Na primeira frase ele fala de uma pessoa que não quer ser pertubada que já sofreu muito, tem muitas mágoas guardadas e que qualquer mágoa a mais pode ser o fim. Na segunda frase ele fala de uma pessoa que depois de uma separação está muito bem, talvez até melhor do que antes e quer mostrar para quem a abandonou. Na terceira frase ele está dizendo que a saudade é muito ruim, pior do que esquecimento, tormento, etc. Na quarta frase ele fala de uma pessoa que quer ficar de vez com a outra sem se desgrudar nunca mais. Na quinta frase ele faz uma pergunta do que seria ser sozinho, ser livre sem querer, etc.

postado por Andreza Dantas.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Meu Guri (Chico Buarque)

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri.

Essa música fala da dificuldade que muitos tem, mas quem quer chega lá, porque ele se esforçou, e muitos, que são pobres não estão nem aí com a vida, se refugiam em drogas, ao invés de subir na vida, se esforçar, pra conseguir ser alguém e não continuar do mesmo jeito, ser independente, então, pode ser rico ou pobre, todos têm que lutar para conseguir o que querem, apenas lutar e ser alguém.
Nicole Negreiros

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cálice (Chico Buarque/Gilberto Gil)

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça

Essa música do Chico Buarque também diz respeito a época da ditadura militar, e é mais um convite para que as pessoas se rebelassem contra o autoritarismo da época. Quando ele diz "cálice", está se referindo a ditadura, e vale lembrar que a palavra cálice tem o mesmo fonema que a palavra "cale-se", e assim Chico Buarque faz um jogo de palavras, onde quer passar essa ideia. Quando ele diz "de vinho tinto de sangue", representa as mortes, os assassinatos, que houveram na época. Fala a respeito da falta de liberdade. Quando ele diz "quero lançar um grito desumano, que é uma maneira de ser escutado" ele está retratando o desejo da população, que pudessem ser ouvidas pelos ditadores. Quando ele diz "como beber essa bebida amarga", quer dizer, amarga para toda a população, diante das opressões exercidas sob as pessoas. Criticando a ditadura e a falta de liberdade de expressão: “Pai, afasta de mim esse cálice” sendo sua intenção: “Pai, afasta de mim esse cale-se”. Retrata a insatisfação, o sofrimento da população por tudo o que aconteceu, o desaparecimento de presos políticos, o exílio, as torturas, a censura a dor das pessoas devido suas perdas, o desprezo a opinião pública e o tudo que envolve as grades que os aprisionavam mesmo dentro da liberdade por completa vigiada. Apesar de nós não termos vivido essa época, nós sentimos toda a dor da população, pois também fazemos parte dessa nação, e sabemos o quanto foi sofrido para conquistar a "liberdade" que hoje desfrutamos.

Video da música: http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
Comentado por Aline Fonseca.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Amanhã, ninguém sabe (Chico Buarque)

Hoje, eu quero
Fazer o meu carnaval
Se o tempo passou, espero
Que ninguém me leve a mal
Mas se o samba quer que eu prossiga
Eu não contrario não
Com o samba eu não compro briga
Do samba eu não abro mão
Amanhã, ninguém sabe
Traga-me um violão
Antes que o amor acabqww
Traga-me um violão
Traga-me um violão
Antes que o amor acabe
Hoje, nada
Me cala este violão
Eu faço uma batucada
Eu faço uma evoluçao
Quero ver a tristeza de parte
Quero ver o samba ferver
No corpo da porta-estandarte
Que o meu violão vai trazer
Amanhã ninguém sabe
Traga-me a morena
Antes que o amor acabe
Traga-me uma morena
Traga-me uma morena
Antes que o amor acabe
Hoje, pena
Seria esperar em vão
Eu já tenho uma morena
Eu já tenho um violão
Se o violão insistir, na certa
A morena ainda vem dançar
A roda fica aberta
E a banda vai passar
Amanhã, ninguém sabe
No peito de um cantador
Mais um canto sempre cabe
Eu quero cantar o amor
Eu quero cantar o amor
Antes que o amor acabe



Essa música fala da alegria dele quando chegava o carnaval,e de quanto ele queira produzir umas paródias ,e de que em todo o carnaval ele queria encontrar uma morena que lhe desse um amor !!
E essa musica foi escrita na década de 90 quando o sol ainda reinava em sua porta em todo o carnaval!

Quem quiser ver um vídeo dessa musica entre no site http://letras.terra.com.br/chico-buarque/85838/ e escute essa bela música.


Comentado por Iasmim Lucena.